OS LIVROS APÓCRIFOS
Livros Históricos
1Esdras (3Esdras) c. 100 a.C.
Narra os mesmos dados históricos encontrados nos livros canónicos de Esdras, Neemias e 2Crónicas.
1Macabeus, c. 140 a.C.
Uma obra histórica que relata a rebelião patriota da família dos macabeus contra Antíoco Epifânio e seus sucessores.
2Macabeus, c. 100 a.C.
Afirma ser a obra de certo Jason de Cirene e abrange parte do mesmo período de 1Macabeus, com forte tom moralizante de oposição ao paganismo grego.
Lendas Religiosas
Tobias, c. 150 a.C.
Um conto de piedade judaica que relata como Tobias (um judeu reto) se recuperou da cegueira.
Judite, c. 150 a.C. – c. 100 a.C.
Uma narrativa fictícia sobre uma viúva judia, bela e devota, chamada Judite, que salva sua cidade do exército invasor de Nabucodonosor decapitando Holofernes, um general assírio.
Acréscimos a Ester, c. 115 a.C.
Passagens inseridas no texto de Ester na Septuaginta (tradução grega): o sono de Mordecai (antes de Ester 1.1); uma carta do rei ordenando o extermínio de todos os judeus do reino (depois de Ester 3.13); orações de Mordecai e Ester (depois de Ester 4); a audiência dramática de Ester com o rei Assuero (acrescenta 14 versículos a Ester 5); uma carta ao rei relatando a morte de Hamã, louvando os judeus e permitindo que estes se defendam (depois de Ester 8.12); a interpretação do sonho de Mordecai e um comentário final sobre o significado da festa de Purim (depois do último capítulo de Ester).
A oração de Azarias e o cântico dos três jovens, c. 150 a.C. – c. 50 a.C.
Um oração eloquente, um relato de livramento miraculoso e um salmo de louvor (depois de Daniel 3.23).
A história de Susana (Daniel e Susana), c. 150 a.C. – c. 50 a.C.
Uma narrativa de como Susana foi inocentada de falsas acusações de adultério através da intervenção oportuna do jovem Daniel (nas versões antigas, inserida antes ou depois do texto canónico de Daniel).
Bel e o Dragão, c. 150 a.C. – 50 a.C.
Duas lendas que visam ridicularizar a idolatria: 1) Ao espalhar cinzas no piso do templo, Daniel prova que, na verdade, são os sacerdotes de Bel que estão consumindo as ofertas feitas a esse deus; 2) Daniel destrói um dragão adorado na Babilónia ao alimentá-lo com uma estranha mistura que faz o animal explodir. Daniel é jogado na cova dos leões, onde é alimentado pelo profeta Habacuque, que foi transportado por anjos até à Babilónia, carregado pelos cabelos.
Literatura de Sabedoria
Sabedoria de Salomão (o livro da sabedoria), c. 50 a.C.
Apresenta a doutrina da imortalidade ao contrastar o destino do perverso com o do justo; um longo elogio à sabedoria; uma narração da história de Israel no Egito e no deserto; uma discussão sobre as origens e os males da idolatria.
Eclesiástico (sabedoria de Jesus, filho de Siraque), c. 180 a.C.
Um conjunto de aforismos ou ditados sapienciais semelhante ao livro de Provérbios.
Baruque (incluindo a carta de Jeremias), c. 150 a.C. – c. 60 a.C.
Uma obra que afirma ter sido escrita na Babilónia por Baruque, secretário de Jeremias; contém orações e confissões de exilados judeus, com promessas de restauração.
A oração de Manassés, c. 175 a.C. – c. 25 a.C.
Afirma ser a oração penitencial de Manassés, o rei perverso de Judá (na Septuaginta, vem depois de 2Cr 33.19).
Literatura Apocalíptica
2Esdras (4Esdras), c. 100 d.C. – c. 250 d.C.
Trata do problema do mal; fala do império romano e da vinda do Messias; descreve como Esdras reescreveu a literatura sagrada.