A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

A característica mais importante da Bíblia não é a sua estrutura e sua forma mas o facto de ter sido inspirada por Deus. Não se deve interpretar de modo erróneo a declaração da própria Bíblia a favor dessa inspiração. Quando falamos de inspiração, não se trata de inspiração poética mas de autoridade divina. A Bíblia é singular. Ela foi literalmente “soprada por Deus”.

 

Inspiração é o processo pelo qual Deus assegurou um registo inerrante e infalível de Sua revelação através da acção controladora do Espírito Santo sobre autores humanos; estes, com o pleno uso de suas personalidades. (É também o nome dado à qualidade dos escritos originais dos autores bíblicos).


Revelação é o processo pelo qual Deus faz conhecido ao homem algo que de outra forma ele não poderia conhecer. A Inspiração assegura o registo seguro da revelação. Através da Iluminação Deus capacita o crente a compreender a revelação (e a inspiração)

inspiracao

Inspiração Verbal e Plenária

BASE BÍBLICA

     A. O facto – 2Tm 3.16 a afirmação. Escritura Teosoprada

     B. O processo – 2Pe 1.19-21, Mt 2.15 (Deus causa primária, disse através, por intermédio do profeta – causa instrumental.) A Bíblia é um livro Teantrópico – veio à luz  através do homem, mas ele escreveu aquilo que estava na mente de Deus. Deus moveu o homem a fazê-lo.

    C. A extensão:

  • Mt 5.18 – Jesus ensinou que cada palavra é inspirada por Deus. Ex: י (yod) e κεραία (gr. keraía – acento, ou pequena parte de uma letra hebraica): ד (dalet) ou ב (bet)
  • 1Tm 5.18 – O apóstolo Paulo considerava Lucas (NT) como Escritura, autoridade, tal como Moisés (AT)
  • 2Tm 3.16 – a construção da frase à luz da gramática grega: “toda a Escritura é…” a posição do adjectivo na frase (tradução errada na Revista e Corrigida)
  • 2Pe 3.16 – para Pedro o que Paulo escreveu é Escritura como as demais…

    D. O pensamento de Jesus:

    Mt 5.17-18, Mt 22.31-32  Constrói a doutrina da ressurreição alegando o tempo verbal presente, nas Escrituras: “…EU SOU…”

    Mt 22.41-45  União hipostática – a Divindade do Messias: “Senhor ao meu Senhor” e a humanidade do Messias: “filho de Davi”.

A palavra “MEU” – como Davi chama meu Senhor se ele é pai do Messias? (O salmo 110 faz alusão ao Messias). De quem o Messias é filho? De Davi (humano). Porque então Davi o chama de Senhor? E o meu Senhor? O Messias é homem e é Deus.

O argumento emudecedor de Jesus foi baseado num י (yod); אָדֹנִי (Sl 110.1). Lembra de Mt 5.17-18?

IMPLICAÇÕES

   A. Inerrância: a Bíblia não tem erros os autógrafos (escritos originais) não têm erros e não conduzem ao erro – Infalibilidade: Não conduz ao erro (disciplina de filhos, igreja, casamento misto…)

   B. Variedade: a pessoa não é anulada, Deus respeita a personalidade do indivíduo

  • Paulo – complicado
  • Autor de Hebreus – complicado
  • João – simples
  • Salmos, Cantares – poesia

   C. Autoridade: A origem é Deus, por isso a consequência, a Escritura, é autoridade, quer concordemos com os escritores ou não.


Bibliografia