1 CORÍNTIOS

Autor Paulo (e Sóstenes)

1Coríntios pertence às epístolas paulinas não questionadas pelos críticos. Os relacionamentos pessoais de Paulo com os destinatários durante sua segunda viagem missionária, as duas referências à sua autoria no livro (1.1, 16.21) e o testemunho da tradição cristã primitiva (ex. Clemente de Roma) garantem sua aceitação generalizada. É geralmente aceito que Paulo escreveu esta carta próximo ao final de seu ministério de três anos em Éfeso (cf. 16.8-9).

Data 54-55 d.C.

Verso  “Primeira aos Coríntios faz admoestação contra impureza, desordem e divisão.”

Versículos chave 3.16-17 (6.19-20)

Propósito Expressar a importância do desenvolvimento de um comportamento maduro dentro da igreja.

Mensagem A verdadeira maturidade espiritual na vida de uma igreja desenvolve relacionamentos de amor sob o poder libertador e a graça unificadora de Cristo.

Contribuição para o Cânon (Porque este livro está na Bíblia?)

  • É um manual de conduta prática tanto para a Igreja como para o indivíduo.
  • Revela a importância da unidade na igreja local e o perigo das divisões.
  • Esclarece dúvidas a respeito de vários assuntos – imoralidade, litígio, casamento, idolatria, liberdade, culto (ordem, ceia, mulheres), dons, ressurreição, ofertas.

Esboço

  1. Introdução / Saudação (1.1-9)
  2. Divisões na Igreja (1.10-4.21)
    1. Falta de entendimento da mensagem (1.10-3.4)
    2. Falta de entendimento dos mensageiros (3.5-4.5)
    3. Falta de humildade (4.6-21)
  3.  Problemas na Igreja (5.1-6.20)
    1. Imoralidade e disciplina (5.1-13)
    2. Litígios e julgamento (6.1-11)
    3. Imoralidade e o corpo (6.12-20)
  4. Dificuldades na Igreja – respostas à carta (7.1-16.4)
    1. Casamento (7)
    2. Liberdade cristã (8.1-11.1)
    3. A ceia e o papel das mulheres (11.2-34)
    4. Dons espirituais (12-14)
    5. A ressurreição (15)
    6. Ofertas (16.1-4)
  5. Conclusão (16.5-24)

Pontos notáveis

  • Paulo tinha recebido alguns relatórios (Cloé – 1.11, cf. 16.17) citando problemas (divisões, litígio, imoralidade) dentro da igreja, e uma carta dos coríntios fazendo perguntas sobre alguns assuntos práticos (casamento, ídolos, culto, mulheres, dons espirituais, ressurreição, etc.). Ele escreveu esta carta para corrigir e esclarecer a igreja.
  • É uma das cartas mais práticas que Paulo escreveu.
  • O poema sobre o amor é reconhecido pelo mundo como literatura clássica e trata-se da melhor definição de “amor” já escrita.
  • A cidade de Corinto, na época da chegada de Paulo, pouco deveria às modernas metrópoles em termos de atividade comercial, ambiente internacional e depravação geral. Corinto era tão famosa por causa desta última característica que Aristófanes, o comediante grego, cunhou um termo específico para “viver uma vida desregrada”, κοριντιανίζομαι [korintianizomai].
  • Parece ter sido mais fácil para Paulo plantar a igreja em Corinto do que arrancar “Corinto” da igreja.
  • Apesar de ter tantos dons (cf. 1.7), a igreja estava dividida e repleta de problemas.
  • Resumo dos problemas que Paulo enfrentou com esta epístola:

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  • É muito significativa a frequência do uso do nome do Senhor na carta, especialmente em 1.1-10. O remédio para as doenças do corpo acha-se no Cabeça – Cristo!
  • Três tipos de egoísmo os haviam cegado:
    • Admiradores de si mesmos – o seu intelecto estava pervertido
    • Obstinados – a sua consciência estava obscurecida
    • Indulgentes consigo mesmos – as suas paixões os haviam dominado
  • A cruz de Cristo é escândalo e loucura, ou então salvação. Deve ocupar o lugar central na pregação cristã (caps. 1 e 2).
  • A pureza da igreja local é fundamental. Disciplina é difícil, mas essencial (cap. 5).
  • A principal pergunta sobre casamento: Serviremos melhor ao Senhor como casal ou com indivíduos? (cap. 7)
  • A liberdade cristã é limitada pelo amor cristão (caps. 8-10); a glória de Deus é mais importante do que o gozo do homem.
  • Os dons de línguas e profecia devem ser avaliados segundo os padrões apresentados por Paulo (caps. 12-14).
  • No plano de Deus, a obra de Cristo realiza-se com as ofertas dos cristãos (cap. 16).

Bibliografia